Há gente que tem muito papel e gente que nem por isso, mas é certo e sabido que todos nós temos um papel. Nem sempre é o mesmo papel, dado que ele muda de pessoa para pessoa ou mesmo de ocasião para ocasião. Os políticos por exemplo têm um papelão, e à custa disso os contribuintes têm um papel de embrulho, estando sempre envolvidos numa grandessissima embrulhada.
O Governo desta novela mexicana pretende ter um papel higiénico, predispondo-se a limpar muita merda mas sujando-se muito rapidamente ao primeiro contacto com esta. Acabam por ter apenas um papel de parede.
Os nossos queridos e produtivos funcionários públicos alternam entre um papel vegetal (daqueles vegetais sem cadeira de rodas) e um papel pardo (daquele de enrolar chouriços), quando não estão a fazer o costumeiro papel de parvos. Alguns milhares deles preparam-se para brevemente terem um papel reciclado (normalmente um tipo de papel mais caro que o papel normal).
Os nossos jornalistas, como não podia deixar de ser, têm um papel de jornal, sendo bastante úteis em épocas do ano mais frias, para embrulhar castanhas e outro tipo de frutos secos.
O nosso jet seis esforça-se por ter um papel couché: não só porque é fino ter um papel com um nome francês, mas porque couché fica a meio caminho entre coucher e couchon, e eles sentem-se em casa.
Há ainda quem tenha um papel químico pela impossibilidade genética e incapacidade intelectual de ter um papel que não seja uma quase fotocópia de outro.
Mas do que eu gosto particularmente é do papel fotográfico da Soraia Chaves, e de outras modelitas nacionais, é um mimo vê-las a fazer pasta de papel.
quinta-feira, maio 04, 2006
A Razão do Papel
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