«O sebastianismo, ambição ou cobiça eterna do que se perdeu e não voltará mais, foi um traço fundamental da nossa raça e ainda hoje se manifesta em muitos portugueses.
Na nostalgia das glórias passadas ou das simples benesses passadas, mascarando a sua indolência, e a sua inacção, ou até os seus ideais, sinceros mas fora de moda, com erradas atitudes de aprumo e dignidade, esses portugueses teimosos, contemplativos, vão perdendo, ano a ano, dia a dia, hora a hora, o sentido das realidades, das oportunidades, até se queimarem no próprio isolamento, até se sentirem estranhos dentro da sua Pátria, até ao suicídio!...
Sebastianismo inofensivo, digno, decorativo, se não saísse por vezes dessa contemplação para se transformar, subitamente, num quixotismo histérico, alucinado, causador de graves perturbações na vida nacional.»
Escrito por António Ferro no Diário de Notícias de 12 de Abril de 1933
Se Darwin tivesse nascido português, a Teoria da Evolução das Espécies nunca teria conhecido a luz do dia.
Sebastianismo inofensivo, digno, decorativo, se não saísse por vezes dessa contemplação para se transformar, subitamente, num quixotismo histérico, alucinado, causador de graves perturbações na vida nacional.»
Escrito por António Ferro no Diário de Notícias de 12 de Abril de 1933
Se Darwin tivesse nascido português, a Teoria da Evolução das Espécies nunca teria conhecido a luz do dia.
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