No último fim de semana passou por mim uma carrinha que anunciava «O Maior Gaspacho do Mundo – 4.500 litros numa só panela». O evento teve lugar em Cercal do Alentejo e visava estabelecer um recorde para o Livro de Recordes do Guinness.
É curioso ver como os recordes portugueses do Guinness estão recorrentemente ligados ao acto de comer:
- A maior feijoada do mundo
- O maior pão com chouriço do mundo
- A maior caldeirada do mundo
- O maior logotipo humano do mundo (com este comemos os espanhóis mais a sua candidatura ao Europeu de 2004).
Esta ligação dos nossos recordes a uma necessidade básica lembra-me de Maslow e da sua Pirâmide de Necessidades Humanas. Dizia ele que o indivíduo procura preencher um conjunto de necessidades que têm uma hierarquia específica: primeiro tem de assegurar as necessidades básicas, de índole fisiológica (comer, dormir, procriar, pela ordem que estivermos mais virados na altura); asseguradas estas, passa para outro nível de necessidades que se prendem com a segurança, a pertença e a aceitação social (é nesta fase que muitos se sentem impelidos a comprar o kit de sócio do Benfica); quando este nível de necessidades está cumprido, passa ao nível seguinte, a necessidade de poder. Nesta fase o indivíduo quer mandar e ser obedecido. Surgem nesta altura os pequenos poderes, que bem conhecemos atrás de um qualquer balcão de atendimento de uma qualquer instituíção da Função Pública. Finalmente atinge-se o topo da pirâmide com a necessidade de prestígio – fase em que o indivíduo quer ser reconhecido socialmente por um qualquer feito que tenha realizado. O Zézé Camarinha é um exemplo vivo desta fase: o homem quer que lhe reconheçam a façanha de ter disseminado os seus genes pelos reinos da Dinamarca e da Coroa Britânica (daqui a duas gerações estima-se que 2 em cada 3 dinamarqueses ou britânicos descendam directa ou indirectamente de Zézé Camarinha).
É curioso ver como os recordes portugueses do Guinness estão recorrentemente ligados ao acto de comer:
- A maior feijoada do mundo
- O maior pão com chouriço do mundo
- A maior caldeirada do mundo
- O maior logotipo humano do mundo (com este comemos os espanhóis mais a sua candidatura ao Europeu de 2004).
Esta ligação dos nossos recordes a uma necessidade básica lembra-me de Maslow e da sua Pirâmide de Necessidades Humanas. Dizia ele que o indivíduo procura preencher um conjunto de necessidades que têm uma hierarquia específica: primeiro tem de assegurar as necessidades básicas, de índole fisiológica (comer, dormir, procriar, pela ordem que estivermos mais virados na altura); asseguradas estas, passa para outro nível de necessidades que se prendem com a segurança, a pertença e a aceitação social (é nesta fase que muitos se sentem impelidos a comprar o kit de sócio do Benfica); quando este nível de necessidades está cumprido, passa ao nível seguinte, a necessidade de poder. Nesta fase o indivíduo quer mandar e ser obedecido. Surgem nesta altura os pequenos poderes, que bem conhecemos atrás de um qualquer balcão de atendimento de uma qualquer instituíção da Função Pública. Finalmente atinge-se o topo da pirâmide com a necessidade de prestígio – fase em que o indivíduo quer ser reconhecido socialmente por um qualquer feito que tenha realizado. O Zézé Camarinha é um exemplo vivo desta fase: o homem quer que lhe reconheçam a façanha de ter disseminado os seus genes pelos reinos da Dinamarca e da Coroa Britânica (daqui a duas gerações estima-se que 2 em cada 3 dinamarqueses ou britânicos descendam directa ou indirectamente de Zézé Camarinha).
Voltando ao tema dos nossos recordes do Guinness eu concluiria que Portugal ainda está no seu grau zero da hierarquia de necessidades: enquanto os americanos estabelecem recordes que contribuem para aumentar o seu prestígio, como o primeiro homem na lua, ou o prédio mais alto do mundo, os portugueses limitam-se a morfar feijoada em cima de uma ponte, ou a javardarem-se todos dentro de uma panela de gaspacho. É tudo uma questão de necessidades...
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