A Razão vai a banhos nos próximos 15 dias. Como ir a banhos em Portugal não contribui em nada para a minha sanidade mental (labregos, arrastões, incêndios, greves, e governos desgovernados por labregos incompetentes) decidi comprar um bilhete de avião que me levasse momentaneamente daqui para fora. Qual não é meu espanto que, ao comprar o dito bilhete, levo com dois dos mais recentes impostos criados por essa abstracção incómoda, também designada por Estado português. Para quem anda distraído, temos mais dois novos impostos a serem aplicados cada vez que decidirmos apanhar um avião para fora da novela mexicana: o imposto de segurança (parece que temos que pagar para precaver o facto do avião poder caír e do Estado perder um fiel contribuinte) e o imposto de combustível (aparentemente temos que pagar pelo facto do avião precisar de combustível para voar – porque senão cai e temos o tal imposto de segurança). Ao somar o custo dos dois novos impostos reparei que eles equivaliam a 40% do custo do bilhete de avião. É nestas pequenas coisas que reparo que a política do governo não anda muito longe do modus operandi do arrastão da Caparica. Uns e outros passam por nós de qualquer maneira, levam tudo o que podem rapidamente, e deixam-nos com aquele ar estupefacto do estilo «isto está mesmo a acontecer ou entrei por acaso num set de filmagens?».
Durante os próximos 15 dias deixo-vos com Razões em Conserva: daquelas que têm sempre validade, e que estão sempre al dente. Divirtam-se com elas. E façam-me um favor: evitem-me as greves.
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