O Estado português (essa abstracção incómoda) tem o triste hábito de implementar as medidas europeias primeiro que toda a gente, num provinciano exercício de mostrar que é tão ou mais europeu que os outros. Até parece que se formos os primeiros a implementar as coisas de uma forma leonina acabamos por ser considerados um país desenvolvido, por osmose. Na boa tradição de cabotinismo, nem perdemos um minuto a pensar se a aplicação das medidas europeias é válida no nosso contexto ou não. E como não pensamos nisso, nem sequer nos passa pela cabeça constestá-las em sede própria, na altura e no local onde estas são decididas. A atitude parece ser “os senhores lá na Europa é que sabem, e se eles decidiram assim é porque é para fazer assim”.
Depois admiram-se que a imagem dos portugueses teime em associar-se à da mulher a dias ou da porteira… “Ò dona Maria, hoje vá dar uma limpeza em profundidade nos tapetes da sala – xim xenhor!”
quarta-feira, maio 11, 2005
Razões Cabotinas
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