Se há figura duvidosa no imaginário infantil ocidental é o Pai Natal. Um velhote que vive sózinho no Pólo Norte 12 meses por ano, explorando um grupo de duendes miseráveis que lhes fabricam os brinquedos em horários laborais inexplicáveis (aqueles pequenos seres têm mesmo que trabalhar muito para satisfazer as encomendas de milhares de milhões de crianças pelo mundo inteiro).
Depois há a questão das renas, sendo a mais conhecida a rena Rudolfo, que tem por característica um nariz vermelho. Nunca nenhuma criança se pergunta porque diabo é que precisamente aquela rena tem o nariz vermelho. E ainda bem, porque senão os paizinhos teriam que explicar que a rena é alcoólica, que afoga no álcool a frustração de ser a preferida do Pai Natal que, por não existir Mãe Natal, tem que arranjar maneira de libertar as suas pulsões sexuais. Enfim, uma verdadeira história de miséria e de exploração que é anualmente embelezada e transmitida de geração em geração.
Finalmente a questão das prendas. Partindo do princípio que «não há almoços grátis», porque raio é que o Pai Natal oferece presentes às criancinhas? Qual a razão que o leva a agir desta forma? O que é que ele ganha com isso?
Pelo sim pelo não este ano armadilhei a minha casa: pus uns espigões na chaminé movidos por sensores de movimento; electrifiquei os caixilhos das janelas; e untei o telhado de sebo. Podes vir pederasta!! Estou à tua espera!!
2 comentários:
Pois é, é por causa destas e de outras qu'isto anda bué mal. Imagine-se, avacalhar desta maneira o Pai Natal. Já não há moral, nem nada. Tá mal, pá.
Humor Negro, será que toda essa raiva que destilas em relação ao Pai Natal é por ele ainda não te ter dado o presente que tanto ambicionas?
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